Espaço para a divulgação da dança como meio de educação.

Espaço para a divulgação da dança como forma de educação.







domingo, 3 de julho de 2011

Dança do Ventre

Nome

Originalmente o nome da Dança do Ventre é Racks el Sharqi, cujo significado do árabe é Dança do Leste. Posteriormente este nome foi traduzido pelos franceses como Danse du Ventre e pelos norte-americanos como Belly Dance.

Chegou ao Brasil, portanto, como Dança do Ventre, ou Dança Oriental Árabe ou ainda Dança do Leste que seria a forma mais correta de chamá-la, de acordo com a tradução do árabe para o português.

Segundo SHAHRAZAD, a pioneira da Dança do Ventre no Brasil, Dança do Leste foi o nome dado a esta dança porque “significa onde o sol nasce, de onde a mulher recebe as energias e o poder do Sol”.

Origem

A Dança do Ventre é uma dança de origem oriental, cujo surgimento exato em termos de localização histórica e geográfica nos é desconhecida. Ou seja, não se sabe ao certo onde e nem quando a Dança do Ventre se originou.

A literatura histórica sobre este assunto é escassa e duvidosa, e os poucos autores que se arriscaram a escrever sobre isso concordam.

Há poucos documentos e registros que atestam o passado histórico da Dança do Ventre.

Devido à dificuldade de encontrar informações confiáveis, surgem diversas interpretações, teorias e hipóteses.

A mais aceita delas diz que a Dança do Ventre surgiu no Antigo Egito, em rituais, cultos religiosos, onde as mulheres dançavam em reverência a deusas.

Com movimentos ondulatórios e batidos de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebravam a vida.

Ou seja, tratava-se de uma dança ritualística, em caráter religioso, sem apresentações em público.

Essas mulheres reverenciavam as deusas que acreditavam ser as responsáveis pela vida da terra, pela vida gerada no ventre da mulher, e pelos ciclos da natureza.

Há quem diga que ao dançarem as mulheres também se preparavam para ser mães, já que a movimentação da Dança do Ventre ajudava a fortalecer a região pélvica, facilitando o parto.

Dizem que quando os árabes invadiram o Egito, eles se apropriaram da Dança do Ventre e a disseminaram para o resto do mundo.

Características Antigas e Atuais

Esse caráter religioso da Dança do Ventre, a qual era realizada em rituais sagrados em homenagens a deusas, modificou-se.

Raramente a Dança do Ventre hoje é praticada como um ritual religioso, mesmo que muitos ainda a vejam como uma prática sagrada.

A característica mais evidente hoje da Dança do Ventre é cultural, artística e profissional.

Cultural porque ela faz parte da tradição, do patrimônio cultural de muitos países, principalmente árabes, nos quais a dança é transmitida de uma geração a outra.

Neste sentido, poderíamos dizer que a Dança do Ventre tem o mesmo significado para os países árabes que o tango tem para a Argentina, o flamenco para a Espanha e o samba para o Brasil. São danças que compõem o patrimônio cultural de cada país.

A característica artística e profissional da Dança do Ventre se manifesta nas pessoas que a estudam, treinam, ensinam, se apresentam. Ou seja, quando a Dança do Ventre se transforma na profissão de muitas pessoas.

Isso acontece atualmente tanto nos paises árabes quanto nos paises ocidentais, onde há bailarinas e professoras de Dança do Ventre.

No passado histórico supõe-se que a Dança do Ventre tivesse caráter informal de aprendizagem. Ou seja, não havia escolas que ensinavam a dançar, fato que é muito diferente do que ocorre hoje.

Tampouco havia preocupações quanto à sua técnica, quanto à sua forma de realização.

Era basicamente uma dança de caráter sagrado praticada somente por mulheres, nas quais umas aprendiam com as outras informalmente, não necessitando de aulas para tal.

Muitos anos após seu provável surgimento, a Dança do Ventre passou por muitas e diversas influências culturais de diferentes épocas e países, e sofreu as alterações de países ocidentais onde ela chegou.

Por exemplo, podemos dizer que as suas características de aprendizagem e de realização modificaram-se bastante.

Atualmente, principalmente no ocidente quando uma mulher quer aprender a Dança do Ventre, ela geralmente faz aulas, estuda, ensaia, treina. O que mostra sua característica de dança artística.

Improvisada ou coreografada?

Provavelmente em sua origem a Dança do Ventre não era coreografada. Ela era uma dança improvisada, que surgia de acordo com os sentimentos, criatividade e reverência no momento de sua execução.

Hoje, como sabemos, ao assistir ou elaborar uma apresentação, ela pode ser coreografada ou improvisada. Isso depende da escolha da bailarina, da adequação ao local ou tipo de evento da apresentação.

A Dança do Ventre no Mundo Hoje

A partir do final do século XX, tem-se observado um crescente interesse do Ocidente pela Dança do Ventre, ou seja, em paises americanos como o Brasil e EUA, e em paises europeus como a Espanha, Portugal e França, entre outros.
Este interesse se deve talvez ao fato de a Dança do Ventre ser muito diferente das danças praticadas no Ocidente, exigindo uma movimentação e uma estética diferentes das outras danças, assim como as características musicais.

De acordo com a bailarina e professora HAYAT EL HELWA “A dança foi vista na Europa pela primeira vez na Mostra Mundial de Paris em 1889, onde foram trazidos diversos artistas de rua, algerianos, para se apresentarem na mostra”.

Nos países árabes atualmente as apresentações de Dança do Ventre ocorrem em diversos lugares como casas de shows, teatros e nihgt clubs (que geralmente ficam em hotéis cinco estrelas).

Inclusive muitas bailarinas brasileiras quando vão trabalhar nos países árabes como o Egito, é nestes hotéis cinco estrelas que elas se apresentam.

Sobre as apresentações, ainda é importante dizer que elas ocorrem geralmente no palco destes lugares, e quase sempre com uma banda composta de muitos músicos. Geralmente cada bailarina tem sua própria banda para acompanhá-la.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Dança Comtemporânea

Dança contemporânea é o nome dado para uma determinada forma de dança de concerto do século XX.

História

A dança contemporânea surgiu na década de 1960, como uma forma de protesto ou rompimento com a cultura clássica. Depois de um período de intensas inovações e experimentações, que muitas vezes beiravam a total desconstrução da arte, finalmente - na década de 1980 - a dança contemporânea começou a se definir, desenvolvendo uma linguagem própria, embora algumas vezes faça referência ao ballet clássico.

Dança contemporânea

Mais que uma técnica específica, a dança contemporânea é uma colecção de sistemas e métodos desenvolvidos a partir da dança moderna e pós-moderna. O desenvolvimento da dança contemporânea foi paralelo, mas separado do desenvolvimento da New Dance na Inglaterra. Distinções podem ser feitas entre a dança contemporânea estadunidense, canadense e europeia.

A dança contemporânea não se define em técnicas ou movimentos específicos, pois o intérprete/bailarino ganha autonomia para construir suas próprias partituras coreográficas a partir de métodos e procedimentos de pesquisa como: improvisação, contato-improvisação, método Laban, técnica de release, Body Mind Centery (BMC), Alvin Nikolai. Esses métodos trazem instrumentos para que o intérprete crie suas composições a partir de temas relacionados a questões políticas, sociais, culturais, autobiográficas, comportamentais e quotidianas, como também a fisiologia e a anatomia do corpo. Aliado a isso, viu-se a necessidade da pesquisa teórica para complementação da prática.

O corpo na dança contemporânea é construído na maioria das vezes a partir de técnicas somáticas, que trazem o trabalho da conscientização do corpo e do movimento, como a técnica Alexander, Feldenkrais, eutonia, Klauss Vianna (Brasil), dentre outras.

Relações com outras artes

A dança contemporânea passou a trazer à discussão o papel de outras áreas artísticas na dança, como vídeo, música, fotografia, artes plásticas, performance, cultura digital e softwares específicos, que permitem alterações do que se entende como movimento, tornando movimentos reais em virtuais ou vice-versa. Surgindo, a partir de então, vertentes como a videodança, tornando mais híbridas as relações entre as diferentes áreas da dança.

Características

A dança moderna modificou drasticamente as "posições-base" do ballet clássico, além de tirar as sapatilhas das bailarinas e parar de controlar seu peso. Ela mantém, no entanto, a estrutura do ballet, fazendo uso de diagonais e da dança conjunta. A dança contemporânea busca uma ruptura total com o balé, chegando às vezes até mesmo a deixar de lado a estética: o que importa é a transmissão de sentimentos, ideias, conceitos. Solos de improvisação são bastante frequentes.

A composição de uma trilha para um espectáculo de dança contemporânea implica diversos outros factores além da própria composição musical.

A dança contemporânea não possui uma técnica única estabelecida, todos os tipos de pessoas podem praticá-la.

Esse tipo de dança modificou o espaço, usando não só o palco como local de referência. Sua técnica é tão abrangente que não delimita os utensílios usados. O corpo, pesquisando suas diagonais, não delimita estilos de roupas, músicas, espaço ou movimento.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Louvada seja a Dança


Louvada seja a dança,

Ela libera o homem

Do peso das coisas materiais,

Para formar a sociedade.

Louvada seja a dança,

Que exige tudo e fortalece

A saúde, uma mente serena

E uma alma encantada.

A dança significa transformar

O espaço, o tempo e o homem.

Que sempre corre perigo

De perder-se ou somente cérebro,

Ou só vontade ou só sentimento.

A dança porém exige

O ser humano inteiro,

Ancorado no seu centro,

E que não conhece a vontade

De dominar gente e coisas,

E que não sente a obsessão

De estar perdido no seu ego.

A dança exige o homem livre e aberto

Vibrando na harmonia de todas as forças.

Ó homem, ó mulher aprenda dançar

Senão os anjos no céu

Não saberão o que fazer contigo.


Augustinus (Santo Agostinho), 354 – 430 d.C.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Dança Afro

Uma identidade nacional

A dança é uma das maiores representações de uma cultura popular, ela “pode ser maior que reunião de técnicas, quando se propõe a ser instrumento de transformação social e difusão histórico cultural”.

A dança afro surgiu no Brasil no período colonial, foi trazida por africanos retirados do seu país de origem para realizarem trabalho escravocrata em solo brasileiro. Esse estilo de dança foi registrada primeiramente na composição de religiões africanas e começou a se fortalecer em meados do século XIX com a ajuda dos tribos: sudaneses; bantos (dois povos situados em território africano) e os indígenas, que foram responsáveis pela criação do candomblé e de outros segmentos regionais que deram origem à dança dos caboclos e outros aspectos da cultura africana.
A diversidade de ritmos culturais existentes hoje, foi oriunda de uma miscigenação que desenvolveu a identidade cultural do Brasil. Ao longo dos anos a dança de origem africana começou a ser modelada e encaminhada a diferentes estados. A sua trajetória teve início com o fim da escravidão, e em meados dos anos 20 e 30 do século passado, os negros começam a migrar para o Rio de Janeiro deixando marcas do samba e umbanda (uma variação da religião afro brasileira, com influencias do Kardecismo que desenvolveu um novo modelo de entidade cristã denominada Exu), no estado que contribuiu com a fixação e a valorização de raízes da mestiçagem projetada no país.
Já nos anos 50 e 60 deste mesmo século, a crescente industrialização fez com que o povo que no início migrava para o Rio de Janeiro, desloca-se para São Paulo, consequentemente acabam divulgando e difundindo a cultura afro brasileira. Nos anos 70 com o movimento da contracultura, olhos são voltados para o nordeste, e a Bahia é redescoberta em diferentes setores culturais, o estado é finalmente visto como um ponto turístico de máxima importância para história brasileira, por ser formado basicamente pela cultura afro.
Depois que a umbanda alcançou um devido status, o candomblé tornou-se referência e a dança passa a ser visualizada de maneira marginalizada, por estar quase sempre associada a uma adoração de deuses africanos. Esse quadro tende a ser modificado um pouco quando a dança africana recebe características decorrente dos estudos da bailarina e antropóloga negra norte americana Katherine Dunca, finalmente a dança começa a ter uma receptividade popular diferente, recebendo até variações que conhecemos hoje, e é denominada como ballet negro ou afro.
A sociedade vive um momento de transformação na cultura negra, hoje ela não é só valorizada por ser de origem afro descendente, como também é reconhecida por uma questão de identidade histórica que consolidou o processo de miscigenação do país. Atualmente os projetos de fortalecimento dessa cultura como o Ilê aiyê, Akomabu, Abanjá, e Male de Balê, são amplamente conhecidos, por trabalhar com jovens que visam ser inseridos na sociedade para combater a discriminação racial, e para divulgar cada vez mais a cultura que construiu parte desse país.

Cuide dos seus pés!



Já foi a época em que as bailarinas tinham os pés horríveis, cheios de calos e disformes. Atualmente existem diversos protetores como ponteiras e dedeiras de pano e até de silicone, então devemos sim utiliza-los pois se o mundo evoluiu a dança também tem que acompar esta evolução.
Mesmo assim as bailarinas podem sentir dor, porém não é nada comparado as nossas antecedentes torturadas pela dor de ferimentos e deformações em seus pés.

O primeiro passo consiste em proteger os dedos bem, para que não fiquem doloridos nem machucados. Portanto, neste processo você precisará de esparadrapos (algumas pessoas usam band-aids nos dedos, o que sai muito caro, mas em compensação protege bem).

Corte pedaços pequenos e grude sobre os dedos do pé. Não enrole todo o dedo, pois assim ele fica sem movimento. Se você tem unhas fracas, coloque esparadrapo também sobre elas, principalmente sobre os cantos das unhas (onde há maior probabilidade de machucados).

A sapatilha de tamanho perfeito é também aquela que lhe proporciona um desenvolvimento perfeito. É preciso que se compre a sapatilha no tamanho ideal, nem maior nem menor.

Sapatilhas desproporcionais machucam seus pés e podem causar danos que talvez você tenha mais tarde dificuldade em reparar.

É necessário proteger os dedos das dores da ponta, mas é impossível eliminar todas! Não se engane enchendo seus dedos com ponteiras de pano.

Elas vão ocupar na sapatilha o espaço que era para seus dedos ocuparem, prejudicando o desenvolvimento do mesmo. Você pode também utilizar ponteiras de gel ou silicone, que segundo informações, são muito boas.

Não use as sapatilhas daquela sua prima que abandonou o ballet. Se já calçadas, elas já adquiriram o formato do pé de dela, e certamente você tem um formato de pé diferente, o que merece uma atenção especial.

Preste atenção em suas unhas. Alguns dias antes do trabalho nas pontas, corte-as bem. Unhas mal cortadas ou feitas no mesmo dia da aula podem encravar na carne. Verifique se o canto da unha não está pontiagudo.

Não puxe muito a cordinha de sua sapatilha. Isso vai apertar o seu tendão de Aquiles, que precisa estar alongado durante o trabalho. Se mesmo sem puxar a cordinha você sente o seu tendão esprimido, proteja-o com o esparadrapo.

Amarre bem as fitas de sua sapatilha de ponta, mas tome cuidado para não apertar seu pé. Para isso, faça-o com o pé estendido no chãos. Verifique se as costuras estão bem presas e se o nó foi bem dado e escondido (se não conseguir, tente esconder com um grampo de cabelo).

Preste sempre atenção nas condições de uso de suas sapatilhas. Veja se a palmilha não está muito flexível, se o cetim da plataforma está rasgada ou se quando você dança sente os dedos rodarem no chão.

Se você percebeu que sua sapatilha apresenta essas características, é a melhor hora para você adquirir outra (o mais rápido possível). Sapatilhas muito gastas prejudicam o desempenho nas ponta em todos os aspectos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A história do ballet


A história do ballet começou há 500 anos atrás na Itália. Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes com espetáculos de poesia, música, mímica e dança. Esses divertimentos apresentados pelos cortesãos eram famosos por seus ricos trajes e cenários muitas vezes desenhados por artistas célebres como Leonardo da Vinci.
O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon.Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo vestuário feito com material e ornamentos pesados.
Era importante que os membros da corte dançassem bem e, por isso, surgiram os professores de dança que viajavam por vários lugares ensinando danças para todas as ocasiões como: casamento, vitórias em guerra, alianças políticas, etc.
Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha da França,introduziu esse tipo de espetáculo na corte francesa,Rei Henrique II e Catarina de Médicis com grande sucesso.
O mais belo e famoso espetáculo oferecido na corte desses reis foi o "Ballet Cômico da Rainha", em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6 horas e fez com que a rainha fosse invejada por todas as outras casas reais européias, além de ter uma grande influência na formação de outros conjuntos de dança em todo o mundo.
O ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada vez mais o aprimorava em ocasiões especiais,combinando dança com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV.
Luiz XIV, rei com 5 anos de idade, amava a dança tronou-se um grande bailarino e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da corte. A partir daí tomou parte em vários outros ballets aparecendo como um deus ou alguma outra figura poderosa.
Seu título " REI DO SOL", vem do triunfante espetáculo que durou mais de 12 horas.
Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia real de Música e 8 anos mais tarde, a Escola Nacional de Ballet.
O professor Pirre Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do Ballet clássico.
A dança se tornou mais que um passatempo da corte, se tornou uma profissão e os espetáculos de ballet foram transferidos dos salões para teatros.
Foi no fim do século XVII que a mulher ganhou de vez o seu espaço no ballet clássico. O primeiro registro de uma contratação de mulheres para dançar junto com homens foi no ballet "Le Triomphe de l'amour", em 1681. Junto com isso veio a profissionalização da dança. Os espetáculos foram transferidos de salões para teatros, e logo as bailarinas começaram a fazer sucesso, apesar de serem dificultadas em seus movimentos no princípio devido ao pesado figurino.
Uma das que mais lutaram pela mudança de figurinos foi La Camargo (Marie Anne de Cupis de Camargo), que escandalizou a todos levantando a saia até a metade da panturrilha e abolindo o salto dos sapatos, mostrando assim melhor os passos que executava. Aliás, foi La Camargo quem criou os passos entrechat quatre, jeté e pas de basque. Sua rival, Marie Sallé, aboliu o penteado extravagante que as bailarinas usavam, mas lançou uma moda que não pegou: ela vestia uma espécie de túnica, abolindo o corpinho justo, que até hoje as bailarinas usam.
A primeira obra sobre a técnica do ballet também surgiu nessa época. Jean-Georges Noverre lançou o livro "Lettres sur la danse et sur les ballets, considerada até hoje a mais importante obra do gênero. Foi Noverre também quem criou o Ballet de Ação. Ele percebeu que o ballet deveria exprimir mais do que simples movimentos, deveria exprimir um significado, narrar uma história.
Assim, foram abolidos os cantos e a declamação, e tudo passou a ser "contado" por passos de dança.
Noverre também trouxe figurinos leves e a ligação entre as danças, formando uma história. Porém,o ballet passou por um período negro: a Revolução Francesa. A época era caracterizada pela ascensão da burguesia e pela decadência da nobreza, que era quem financiava e apoiava a dança da época. Assim, devido à censura burguesa, várias peças com referências à mortandade das guilhotinas(que executavam nobres reis) foram proibidas. Foram fechadas também as Academias Reais de Dança e de Música, que só seriam reabertas na Restauração. Apesar disso, logo viria o Romantismo, que daria um novo impulso ao ballet.

Carnaval


Alguns estudiosos afirmam que o Carnaval originário tem início nos cultos agrários da Grécia, de 605 a 527 a.C. Com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo.

Outros afirmam que o Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e, termina, quando a Igreja Católica adota a festa em 590 d.C.

O primeiro foco de concentração carnavalesca se localizava no Egito. A festa era nada mais que dança e cantoria em volta de fogueiras. Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais.

Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de válvulas de escape. É nessa época que sexo e bebidas se fazem presentes na festa.

Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características atuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles...

O Carnaval Cristão passa a existir quando a Igreja Católica oficializa a festa, em 590 d.C. Antes, a instituição condenava a festa por seu caráter “pecaminoso”. No entanto, as autoridades eclesiásticas da época se viram num beco sem saída. Não era mais possível proibir o Carnaval. Foi então que houve a imposição de cerimônias oficiais sérias para conter a libertinagem. Mas esse tipo de festa batia de frente com a principal característica do Carnaval: o riso, a brincadeira...

O Carnaval brasileiro surge em 1723, com a chegada de portugueses das Ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde. A principal diversão dos foliões era jogar água nos outros. O primeiro registro de baile é de 1840.